O problema é que ninguém ensina isso na escola. Ensinaram a decorar fórmulas de física, a dissecar o sapo, a cantar o hino nacional em posição de sentido. Mas ninguém ensinou a negociar uma dívida, organizar um orçamento ou dizer “não” praquela promoção irresistível de tapetes em 10x no cartão.
Então eu apanhei. Muito. Paguei juros, chorei na frente de caixa eletrônico, fiquei com vergonha de abrir o aplicativo do banco. Até que um dia, eu decidi: chega. Não dá mais pra ser espectadora da minha própria vida financeira. É hora de pegar a pipoca e virar a protagonista.
E se você tá aqui, é porque sente essa vontade também.
Este livro é pra isso. Pra te mostrar que sim, é possível sair do furacão, organizar a vida financeira e ainda dar risada no caminho. Porque a gente já chora demais — de raiva, de cansaço, de frustração. Que tal agora chorar só de rir, e de preferência com dinheiro rendendo na conta?
A gente cresceu ouvindo que dinheiro era coisa de homem. Que investimento era complicado. Que mulher não sabe lidar com números.
Pois hoje, com todas as letras, te digo: essa narrativa está ultrapassada.
Este livro é para você, que já se cansou de carregar o mundo nas costas — e agora quer carregar também sua liberdade financeira no coração e no bolso.
Porque sim, nosso cérebro funciona tão bem quanto o deles — e isso aqui vai provar com histórias, ferramentas e atitudes.
Ah, o glorioso mundo corporativo... Terra das oportunidades (para alguns) e dos famigerados 'telhados de vidro' (para nós, meras mortais com útero). Segundo essa lenda urbana empresarial, nós, mulheres, temos um limite de altura na carreira, tipo um elevador com defeito que só vai até o décimo andar.
A 'culpa'? Adivinha... nosso cromossomo XX! Mas, olha só que plot twist: o mercado
financeiro, esse ser frio e calculista, não tá nem aí para o seu gênero, cor de cabelo ou se você trocou a faculdade por um curso de barista (com todo o respeito aos baristas!).
Para a bolsa de valores, a única coisa que importa é se você manja dos paranauês do dinheiro. Se você souber investir com inteligência, amiga, pode botar pra quebrar e alcançar o sucesso financeiro que quiser. Esquece essa história de 'lugar de mulher é na cozinha' (a não ser que você seja uma chef de cozinha milionária, aí o lugar é onde você quiser!). No mundo do investimentos, não tem catraca que nos impeça de entrar.
Esse livro é pra você que já pagou boleto com o Wi-Fi do vizinho e ainda sorriu pra vida.
Pra você que acorda antes de todo mundo, resolve tudo e ainda ouve um “nossa, mas você nem trabalha, né?”. Ou então trabalha, estuda, cuida de filho, da casa, do cachorro, do crush (ou da falta dele) — e ainda se cobra por não dar conta de tudo.
Esse livro é pra você que já chorou na frente do caixa por medo do cartão não passar. Que já improvisou janta com criatividade digna de reality show. Que já ficou noites sem dormir fazendo contas, fazendo planos… ou só tentando lembrar onde deixou o carregador no meio do caos.
Olha… se dinheiro fosse homem, eu já tinha levado tanto fora, mas tanto fora, que dava pra fazer uma trilogia de novela mexicana, com trilha sonora de sofrência, muita lágrima no soro e close na cara derrotada.
Mas um dia — desses que a gente acorda com a luz da consciência piscando — eu entendi: não era o dinheiro que me rejeitava, não. Era eu, com a mente travada igual portão de ferro velho, abrindo espaço só pros BO e fechando na hora das bênçãos.
Essa é a real que ninguém teve a coragem de te contar:
Você não é ruim com dinheiro.
Você só foi treinada pra ser pobre, pra bater palma pra esforço e se contentar com migalhinha.
E ainda ganha tapinha nas costas quando faz milagre com salário mínimo